Depressão
DEPRESSÃO
A cena que nos salta aos olhos, no senso comum, ao falarmos de depressão, é a de um indivíduo choroso e taciturno, recolhido a sua realidade de sofrimento. Esta representação popular é muito distante daquilo que caracteriza efetivamente o “estar depressivo”.
Num primeiro aspecto, cabe dizer que sofrer de depressão nem sempre empurra a rotina para uma inviabilização global. Há quem trabalhe, viaje, se relacione – e até sorria! mesmo apresentando interiormente um cenário desolador de sofrimento e desesperança. Depressão, aliás, também se manifesta pela incapacidade de alinhar ideias e expressar os sentimentos com clareza.
No julgamento popular, acredita-se equivocadamente que a ausência de uma atividade é o vetor da depressão. Não raro ouvimos lamentáveis comentários que tendem a rotular a depressão como “frivolidade” ou “frescura” (um termo impregnado de preconceitos).
Através de uma anamnese adequada procuro conduzir o paciente ao confronto com suas demandas e, juntos, buscamos reordenar a afetividade a fim de que o espectro depressivo seja encarado com serenidade, com intervenção técnica (terapêutica) específica e permitindo que o diagnóstico e o tratamento sejam leves, relevantes e de resultados reconfortantes.
Depressão é coisa séria, e precisa de acolhimento real – não apenas dos amigos e familiares, mas de quem conheça o caminho pelo qual é possível voltar à plenitude!